sexta-feira, 7 de junho de 2013

Correr: a nova 'rede social'

Pode ser o esporte da moda. Pode ser o vício da produção de endorfina após o treino.  Ou talvez seja o kit de camiseta, boné e toalhinha ganho na inscrição da prova de final de semana. Não importa o dia, o lugar, o motivo. Para onde se olha em Porto Alegre, há alguém praticando a corrida de rua. Sozinho ou entre amigos, o esporte ganha cada vez mais adeptos entre os gaúchos da Capital.



Os treinos, hoje, são mais que um exercício físico, são um evento social.  As corridas da semana são como o happy hour de fim de tarde, significam um esquenta para os grandes encontros de final de semana.  Foi-se o tempo em que as competições eram apenas para atletas profissionais.  Eles não passam de 1% a 2% na maioria das provas promovidas em Porto Alegre.

O calendário de provas do Clube de Corredores de Porto Alegre (Corpa) tem 26 provas registradas de abril a dezembro deste ano. Há todos os tipos de motivo para competir: corrida ecológica, do vinho, da celebração de cores, do sapato, da noite, das mulheres. São pretextos para o corredor madrugar no final de semana, calçar seu tênis e esperar a contagem regressiva da largada.

Mas correr virou tão social, que um amigo arrasta o outro, que mobiliza o terceiro, o quarto e assim sucessivamente. A família de corredores em Porto Alegre dobrou nos últimos cinco anos. Paulo Silva, presidente do Corpa, conta que há cinco anos eram pouco mais de 10 assessorias de corridas na cidade. Hoje são 120. A Maratona Internacional de Porto Alegre — que acontece no final de semana do dia 16 de junho — reunia 2,7 mil inscritos em 2008. No ano passado foram 6,5 mil atletas.

É muita gente. E, onde tem multidão, tem congestionamento, flanelinha e falta de vaga de estacionamento. Afff... aquele exercício de paciência para chegar. Se puder ir correndo ou a pé  até o ponto de largada, eu recomendo. Mas se não puder, faz o seguinte: chega mais de 90 minutos antes da largada. De preferência, leva o chimarrão, senta na barraquinha do teu grupo, conta a tua melhor piada. E ri. Porque rir de si mesmo nunca sai de moda.

De 10 a 120 em cinco anos - Marlise Brenol

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